A exposição a um tráfego particularmente
barulhento aumenta ligeiramente o risco de morrer por doença cardiovascular,
assim como o risco de ser hospitalizado por um acidente vascular cerebral
(AVC), de acordo com um estudo publicado na revista “European Heart Journal”.
Segundo os pesquisadores, as pessoas que vivem
numa zona onde os barulhos gerados pelo tráfego passam dos 60 decibéis durante
o dia têm um risco aumentado de morte na ordem de 4% com relação àquelas que
vivem em áreas mais calmas. O barulho agravaria a hipertensão, os problemas do
sono ou o stress que são fatores de risco conhecidos das doenças
cardiovasculares.
Os adultos que moram perto de vias
particularmente barulhentas durante o dia também tiveram um risco aumentado de
5% de serem hospitalizados por um AVC, porcentagem que chega aos 9% entre os
idosos. Nas áreas barulhentas durante a madrugada, contudo, apenas as pessoas
mais velhas apresentaram um risco aumentado de AVC, na casa dos 5%.
Os cientistas reconhecem, contudo, que além do
barulho, vários outros fatores como a obesidade, o sedentarismo, a hipertensão
e a diabetes desempenham um papel importante para o desenvolvimento de doenças
cardiovasculares.
O estudo não prova que o barulho está na
origem das doenças cardiovasculares, mas é coerente com outras pesquisas que
mostram seu impacto no aumento da hipertensão e pode, assim, contribuir para
seu desenvolvimento. Claro que o risco associado ao barulho é “bem menor” do
que o relacionado ao tabagismo, à obesidade ou ao sedentarismo.
Fonte:
Revista Eletrônica AMBIENTE BRASIL (via newsletter)