Com o tempo começaram a aparecer insetos resistentes aos inseticidas,
tornando-os ineficazes. Foi encontrado uma população de mosquitos totalmente
resistente, e não apenas ao DDT, mas também aos pyrethroids, outra classe de inseticida geralmente utilizada contra
a malária.
Pesquisadores britânicos identificaram, em uma região do Benin, os
anopheles resistentes aos dois tipos de inseticida e compararam seu genoma ao
de mosquitos que não desenvolveram resistência. Eles descobriram que apenas um
gene mutante é suficiente para dar aos mosquitos resistência ao DDT e a outros
tipos de inseticidas utilizados para combater a malária. Foi identificado um
gene particularmente ativo, batizado de ‘GSTe2′.
Análises posteriores revelaram que apenas uma mutação do GSTe2
(‘L119F’) era suficiente para dar resistência aos mosquitos diante das duas
classes de inseticidas. Uma proteína revelada em um exame de cristalografia de
raio X, permite aos mosquitos resistir aos inseticidas, decompondo as moléculas
de DDT para transformá-las em substâncias inofensivas.
Para confirmar que apenas a presença desta mutação genética é
suficiente para proteger os mosquitos contra os inseticidas, os pesquisadores
introduziram o GSTe2 mutante em moscas drosófilas, que também desenvolveram
resistência.
Estas descobertas permitirão o desenvolvimento dos programas de
controle de mosquitos e evitarão que tais genes (mutantes) sejam transmitidos a
outras populações de vetores.
(Fonte:
G1)